Hoje ao ler reportagem do Jornal do Sudoeste, por sinal, muito bem feita pelo amigo Roberto Nogueira, percebi a intenção de fato de se deixar as vaidades de lado na questão da saúde e resolver o problema no setor, tanto por parte do Prefeito Rêmolo Aloise quanto por parte de Flávio Westin provedor da Santa Casa.
Em ligação ao provedor da Santa Casa Flávio Westin, o mesmo disse que já está fazendo o estudo para ser apresentado ao prefeito ainda esta semana. "Temos interesse em ajudar o prefeito a minimizar os problemas na saúde de nossa cidade", disse o provedor.
Já o prefeito por telefone me disse que está ciente do problema e que vai resolver e que deve fazer tudo dentro da lei, com aprovação da Câmara, com anuência do Ministério Público, Conselho Municipal de Saúde e toda sociedade. "Se fizermos tudo dentro da lei não vejo problema algum em resolvermos o problema" disse o prefeito.
Reminho disse que vai aproveitar a Arena Olímpica para economizar dinheiro público com aluguéis que está tendo que pagar no valor de R$ 70 mil mês. "A Arena nos dará uma economia de R$ 40 mil só em aluguéis e vamos fazer o possível pra economizar dinheiro público" disse o prefeito.
Reminho me sugeriu como conselheiro de saúde que eu proponha a ida do Pronto Socorro para a Santa Casa na Conferência Municipal de Saúde e que tenha a possibilidade de tentar uma Audiência Pública sobre a ida do Pronto Socorro para a instituição. "Você como conselheiro pode propor isso, uma Audiência Pública para tentarmos resolver o problema o mais rápido possível, proponha que eu participo, a secretaria de saúde também, convida a promotora, sociedade representativa e vamos resolver isso logo dentro da lei" disse o prefeito
Reminho disse ainda que o Pronto Socorro não tem Alvará e que o Município precisa resolver urgentemente o problema. "Você já pensou se acontecer uma contaminação de uma criança por exemplo? Não estou me ausentando de responsabilidades, vou resolver o problema e temos a estrutura da Santa Casa e temos que adequar para o atendimento do Pronto Socorro. Não quero ser acusado de omissão, quero resolver o problema e vou resolver" disse o prefeito.
Todos sabem que não sou de jogar confete em ninguém politicamente, mas este ato demonstra que enfim podemos ter a esperança de que todos sentarão na mesa e resolverão o problema e quem ganha com isso é o povo, as pessoas que esperam ansiosas em ter um serviço de qualidade na saúde do Município.
Parabéns ao prefeito Reminho e à Santa Casa que já demonstrou que irá sentar com o prefeito e tentar resolver esta questão.
Já estou providenciando o documento para solicitar a Audiência Pública junto ao Ministério Público.
Estarei levando ao conhecimento o andamento de todos.
Segue abaixo parte da reportagem do amigo Roberto Nogueira.
Pronto Socorro X Santa Casa - (Jornal do Sudoeste - Edição 12/06/2013)
O setor da saúde que foi um dos pontos mais enfatizados por Rêmolo Aloise durante a campanha eleitoral para prefeito no ano passado, atualmente é uma das áreas em que ele enfrenta maiores dificuldades para colocar a casa em ordem. “Nós temos sérios problemas na saúde, aquele Pronto Socorro não dá para continuar como está”, reconhece. Ele afirma que se a Santa Casa tiver condições de assumir o serviço transfere as responsabilidades e cede funcionários observando as devidas compensações. “Quero fazer de Paraíso um exemplo nacional do SUS na saúde”, anuncia.
Quando fala da situação do Pronto Socorro, Reminho aponta que o local não tem alvará para funcionamento. “Quando eu chego lá, como estive nesta semana (passada), eu sinto que nós temos de mudar, o centro de especialidades está carente, eu tenho que mudar, o PSF estão melhorado, mas não chegou ainda no exemplo nacional, eu quero fazer de Paraíso um exemplo nacional do SUS, na Saúde”, declara.O prefeito conta que já não existem retenção na realização de exames. “Nós temos zero de tomografia, de exames laboratoriais, mas tudo isso demanda um trabalho, um tempo é por etapa” disse.
Em função da deficiência física do Pronto Socorro o prefeito não descartou a possibilidade de transferência do atendimento para a Santa Casa, mas condicionou alguns aspectos. “Se a Santa Casa estiver preparada eu entrego totalmente o atendimento, não tenho nada em hipótese alguma contra a Santa Casa. Se eles disserem que estão prontos e disserem, manda para cá eu mandarei imediatamente”, assegura.
O prefeito destaca que as vaidades pessoais precisam ser deixadas de lado. “Se entenderem que é este o momento, tudo bem, a gente encaminha, eu não tenho vaidade pessoal, eu preciso olhar aqueles que estão nas periferias e precisam ser atendidos, mas tem a questão da legalidade que você tem de aceitar”. Ele declarou que pode até transferir os funcionários para o hospital. “Cedo a eles para estruturar um pouco mais, para não terem despesas com pessoal e nós fazemos a compensação de quanto custa, estou aberto ao diálogo”, comenta.
As dificuldades em pagar os plantões médicos que estão com valores defasados estão entre os desafios da atual administração. Através de uma pesquisa que o próprio prefeito disse ter realizado ele constatou que em cidades como Ribeirão Preto e São Paulo, os médicos necessitam ganhar R$ 100,00 por hora. “O meu grande problema é a saúde. Nós estamos pagando pela legislação anterior R$ 70,00, não dá” assegura. Municípios como Itamogi, Monte Santo de Minas, Pratápolis, Jacuí e Fortaleza de Minas estão pagando 30% a mais que Paraíso. “Eu preciso de autorização para que aumente a tabela para não ser questionado. Se não adaptar o valor da tabela nós não vamos sustentar”, aponta.
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