Se continuar operando da forma que está posso afirmar que logo logo
teremos que investir mais milhões de reais para construir um outro Aterro
Sanitário. Após correr, estabelecer prazos com representantes da FEAM e da
Fhidro e conseguir uma autorização provisória para funcionamento, o prefeito
Reminho colocou o Aterro Sanitário, que recebe 40 toneladas de lixo por dia em
funcionamento.
Em reportagem ao Jornal do Sudoeste recentemente,
Reminho disse que estava descontente com a forma com com que o assunto foi
tratado nos últimos meses da antiga administração, diga-se Mauro Zanin. Em suas
palavras Reminho disse que foi falado que estava tudo certo para o início da
operação, mas ‘engavetaram’ o projeto, abandonando por completo a questão. Na
época, ao repórter Ralph Diniz, Reminho reconheceu que o problema é da
prefeitura e não de uma determinada pessoa.
Contudo, mesmo com o funcionamento já acontecendo,
hoje me deparei com diversas situações no aterro sanitário que me deixou
preocupado. Um local onde está recebendo todo o lixo da cidade, cerca de 40
toneladas dia, sem uma Central de Triagem, que iria separar este lixo que chega
ao local todo amontoado, sem qualquer separação realizada. Percebi que o lixo
recolhido está sem qualquer tipo de tentativa de separação do que é reciclavel
ou não. Registrei hoje no aterro garrafas, latinhas de cerveja, papelão,
garrafa pet, plásticos duros, além de muito urubu e isso vem contra todas
determinações de funcionamento de um Aterro Sanitário.
Ainda no local vi um processo de espalhagem do lixo
por uma máquina completamente sem condições e com funcionários determinados a
fazerem seu serviço, porém, sem qualquer estrutura de trabalho de maquinário,
principalmente a máquina responsável em espalhar e compactar o lixo.
Lembrando que no local foram investidos mais de R$
2 milhões e 500 mil e com previsão de duração de vida útil para cerca de 20
anos, mas pelo que vi e conferi in loco, sou capaz de afirmar que a vida útil
do aterro da forma que está não passa de 5 anos.
Estatísticas mostram que mais da metade dos
resíduos descartados pelos paraisenses é composto por material reciclável e
está indo tudo para o Aterro, tendo a prefeitura a possibilidade inclusive de
sofrer uma multa dos órgãos fiscalizadores caso não resolva o problema.
Na época do ex-prefeito Mauro, o secretário de
planejamento Cassius disse que o Aterro iria controlar impacto negativo no meio
ambiente e que o lençol freático, os rios e atmosfera não seriam contaminados,
pois o aterro seria impermeabilizado e lacrado. Segundo informações da época o
aterro sanitário é um dos únicos do estado totalmente de acordo com as técnicas
exigidas pelos órgãos competentes.
Fui visitar o local depois das denúncias feitas por
membros da ACOMARP na Câmara Municipal na última sessão e quis conferir no
local realmente o que estava acontecendo e segue abaixo as fotos do que
registrei.
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